quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sinto :$

Sinto-me tão estranha! Quando penso em ti fico desanimada. Sinto o meu <3 muito apertadinho e uma vontade de chorar imensa. Para ela ir embora agarro-me com a maior força do mundo àquilo a que eu considero terem sido os “nossos momentos mais felizes”. Mas aí chega a saudade. E vai invadindo, pouco a pouco, a parte mais importante de mim, onde tu estás. De novo ela fica cheiinha. Parece que todo o meu <3 não vai aguentar e vai rebentar a qualquer instante de tão amachucado que fica! Tento pensar rapidamente noutra coisa sem ser em ti, mas para além de me encheres todo o <3, ocupas-me também a cabeça. Tento raciocinar. Tento encaixar-me na realidade e conformar-me com a ideia de que nunca te vou ter verdadeiramente mas quando o faço vem a sensação de arrependimento. Arrependimento de não ter gostado de ti no tempo certo, quando supostamente devia ter sentido. Depois é a vez da frustração, de não ter sido capaz de me deixar levar quando me tentaste fazer sentir-me desejada e eu recusei. Por não ter sido capaz de te dar uma única oportunidade para me mostrares aquilo que eu tenho tanta dificuldade em expressar: sentimentos. A culpa, esse sentimento feio e pesado, persegue-me por te querer tanto ao ponto de ser egoísta. A revolta de não ter a força suficiente necessária para pôr a mão no nosso globo e girá-lo no sentido contrário, consome-me. Dia após dia. E vou perdendo-te para o resto do mundo um bocadinho de cada vez que o ponteiro maior se mexe no meu relógio adiantado. Vou (sobre)vivendo, tentando arrancar a pilha do mais complexo relógio de pulso. Não o faço na esperança de conseguir com que os ponteiros rodem no sentido inverso, mas sim com o objectivo de os fazer parar por completo; de o relógio ficar sem utilidade ao ponto de me dar vontade de o desapertar do meu pulso e nunca mais voltar a usá-lo.


[23:33]

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